Os diferentes capítulos foram escritos com base em dados históricos, retirados de vários livros, com alguma ficção a permeio.
Referências:
1 – Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa
Satunino Mendes
2 – Lenda da Nossa Senhora da Nazaré.
José Barreiros Calado
3 – Grande Enciclopédia Luso Brasileira
Editorial Enciclopédia
Outros documentos indeferenciados
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quinta-feira, 2 de setembro de 2010
6 – A Lenda do Milagre da Nazaré
Conta-se que, depois destas batalhas, D. Fuas Roupinho foi para Porto de Mós repousar e praticar a sua distracção favorita: a montaria.
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Diz a história que tudo se passou no dia 14 de Setembro de 1182.D. Fuas saíra com os companheiros para a mata do Sítio. Levavam lanças e bestas, os seus olifantes ou buzinas de caça e iam vestidos mais levemente do que quando partiram para a guerra.
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Sobre as túnicas curtas tinham colocado uma capa que esvoaçava quando galopavam e em substituição da loriga tinham coberto os cabelos com gorros de pele. Lentamente, embrenharam-se nos caminhos da mata, olhando à volta com atenção para descortinarem entre o arvoredo as hastes de um veado ou rastos de lebres e javalis. Estava um nevoeiro espesso e D. Fuas acabou por se perder dos companheiros.
De repente, viu um veado enorme, de porte real, que parecia desafiá-lo, e esporeou a montada para não perder aquela oportunidade. O veado deixou que o cavaleiro se aproximasse audaciosamente e lançou-se em louca correria em direcção à beira do penhasco rochoso.
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Fuas, que galopava meio cego de entusiasmo, não reparou onde se encontrava senão quando viu o veado atirar-se no abismo. Tentou parar o cavalo, mas a velocidade era tal que nenhuma força humana o conseguiria parar.
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Num segundo, o cavaleiro anteviu as consequências e invocou a Nossa Senhora da Nazaré que, de imediato, surgiu no céu, frente à montada. O cavalo estacou imediatamente, fincando com tanto desespero os cascos traseiros na rocha, que ainda hoje existe.
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No fundo do precipício, nas rochas frente ao mar, o veado estatelou-se e desfez-se em fumo negro: era o Diabo a tentar o cavaleiro.
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Em agradecimento deste miraculoso salvamento, D. Fuas mandou construir a capela da Memória, ali, junto à lapa onde fora encontrada a imagem da Senhora da Nazaré, no mesmo sítio onde o seu cavalo estacara.
5 – A Batalha Naval do Cabo Espichel
Os mouros não se conformaram com a ousadia dos cristãos e logo no ano seguinte, 1180, ripostaram, enviando de novo a sua frota para a costa portuguesa, ainda sob o comando de Ganim ben Mardanis, ao que parece com ordem de destruir a frota portuguesa e, se possível, capturar D. Fuas Roupinho.
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Depois de, mais uma vez, ter saqueado o arrabalde de Lisboa, a frota moura dirige-se para São Martinho do Porto onde desembarca a gente de armas que, por terra, se dirige a Porto de Mós, onde D.Fuas Roupinho era alcaide-mor.
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Porém, nas proximidades desta vila, os mouros são repelidos pelas forças que D.Fuas conseguindo fugir para a costa. Os mouros tentavam refazerem-se do descalabro do encontro com as tropas de D.Fuas, para seguir viagem para Sevilha.
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Por seu turno, ao que parece, D.Fuas Roupinho ter-se-á dirigido para Coimbra a fim de dar conta ao Rei, que aí se encontrava, do desfecho do combate que tivera com os mouros.
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Sabendo já D.Afonso Henriques das depredações que a frota de Ganim ben Mardanis tinha feito nos arredores de Lisboa, ordenou a D.Fuas Roupinho que reunisse de imediato a frota portuguesa e fosse tentar destruí-la.
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É natural que D.Fuas tenha começado por reunir todas as galés que se encontravam nos portos do Norte e com elas se tenha dirigido para Lisboa onde se terá reforçado com as galés e a gente de armas que ali havia.
É natural que D.Fuas tenha começado por reunir todas as galés que se encontravam nos portos do Norte e com elas se tenha dirigido para Lisboa onde se terá reforçado com as galés e a gente de armas que ali havia.
Depois, a 15 ou 20 de Julho, saiu para o mar. Porém, ao dobrar o cabo Espichel, tropeçou com a frota moura que, possivelmente por mero acaso, iniciava a viagem de regresso a Sevilha, envolvendo-se com ela numa encarniçada batalha.
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O número de galés portuguesas andaria à roda da dezena, talvez dez ou onze, o que daria a D.Fuas uma ligeira superioridade numérica sobre o seu adversário.
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Por outro lado, é natural que as guarnições dos navios mouros estivessem bastante desfalcadas e consideravelmente desmoralizadas, com a derrota sofrida em Porto de Mós. Seja como for, a batalha terminou com uma vitória estrondosa dos Portugueses que capturaram todas as galés inimigas e entraram com elas triunfalmente em Lisboa.
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Segundo as fontes árabes, D.Afonso Henriques terá então conferido a D.Fuas Roupinho, como prémio pela vitória que alcançara, o título de almirante.
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O número de galés portuguesas andaria à roda da dezena, talvez dez ou onze, o que daria a D.Fuas uma ligeira superioridade numérica sobre o seu adversário.
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Por outro lado, é natural que as guarnições dos navios mouros estivessem bastante desfalcadas e consideravelmente desmoralizadas, com a derrota sofrida em Porto de Mós. Seja como for, a batalha terminou com uma vitória estrondosa dos Portugueses que capturaram todas as galés inimigas e entraram com elas triunfalmente em Lisboa.
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Segundo as fontes árabes, D.Afonso Henriques terá então conferido a D.Fuas Roupinho, como prémio pela vitória que alcançara, o título de almirante.
4 – Retaliação Portuguesa,em Lisboa, contra uma Acção do Mouro Mardanis
Subitamente, o inesperado aconteceu. Estávamos na Primavera de 1179, quando entrou no estuário do Tejo uma frota de Sevilha, num total de nove galés, sob o comando do mouro Ganim ben Mardanis, que capturou duas galés portuguesas que, estariam de vigia, e assolou os arredores da cidade, regressando a Sevilha com um riquíssimo despojo.
.Na sequência deste ataque D.Afonso Henriques encarregou o fidalgo D.Fuas Roupinho de reactivar a nossa frota e reorganizar a vigilância costeira.
D.Fuas terá então proposto ao rei uma acção de retaliação contra Sevilha que mereceu a sua aprovação. E no Verão de 1179, largou do Tejo a frota portuguesa, sob o comando de D.Fuas Roupinho, em que, possivelmente, iria embarcado o príncipe D.Sancho, a qual, depois de ter saqueado Saltes, nas proximidades de Huelva, subiu o Guadalquivir até Sevilha.
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A subida do Guadalquivir foi difícil, por que a cada passo, os mouros assolavam a frota portuguesa das margens, sendo por vezes necessário, as galés encostarem e travarem lutas em terra para obstar que fossem afundadas.
A subida do Guadalquivir foi difícil, por que a cada passo, os mouros assolavam a frota portuguesa das margens, sendo por vezes necessário, as galés encostarem e travarem lutas em terra para obstar que fossem afundadas.
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Chegado a Sevilha D.Fuas Roupinho destruiu várias galés mouras e saqueou o arrabalde da cidade, regressando triunfante a Lisboa.
Chegado a Sevilha D.Fuas Roupinho destruiu várias galés mouras e saqueou o arrabalde da cidade, regressando triunfante a Lisboa.
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Uma retaliação perfeita em relação á acção realizada meses antes pelos Mouros
Uma retaliação perfeita em relação á acção realizada meses antes pelos Mouros
3 – A Conquista da Base Naval Moura de Alcácer do Sal
Depois da conquista de Lisboa em 1147, levada a cabo por D.Afonso Henriques com o auxílio de uma armada de cruzados, é natural que o objectivo seguinte do rei português fosse a conquista de Alcácer do Sal, uma vez que não seria muito aconselhável ter tão perto de Lisboa uma importante base naval moura de onde a qualquer instante podia partir uma armada a assolar a orla marítima portuguesa.
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Assim, em 1151 é feita uma primeira tentativa, sem êxito, de assalto a Alcácer do Sal com o auxílio de uma pequena armada recrutada em Inglaterra. Nova tentativa foi feita em 1157, igualmente infrutífera, os mouros resistiram, desta vez com o auxílio de uma armada de cruzados que aportara ao Tejo.
No ano seguinte, cercada por terra e por mar pelas forças portuguesas, desta vez sem auxílio estrangeiro, a cidade acaba por render-se quando um exército de socorro mouro é derrotado à sua vista. Consta que D.Fuas participou activamente comandando as tropas terrestres.
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É de admitir que nos dez anos que decorrem entre a conquista de Lisboa e a de Alcácer do Sal, a actividade militar marítima na zona entre Tejo e Sado deve ter sido intensa, o número de galés portuguesas se tenha mantido somente com dez galés.
É de admitir que nos dez anos que decorrem entre a conquista de Lisboa e a de Alcácer do Sal, a actividade militar marítima na zona entre Tejo e Sado deve ter sido intensa, o número de galés portuguesas se tenha mantido somente com dez galés.
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Naturalmente que depois da conquista de Alcácer do Sal as acções de corso dos Mouros na costa portuguesa diminuíra.
Naturalmente que depois da conquista de Alcácer do Sal as acções de corso dos Mouros na costa portuguesa diminuíra.
2 – D.Fuas Aprisiona o Rei Mouro Gamir
Corria o ano de 1179, e D. Fuas era alcaide-mor de Coimbra. Certo dia, encontrava-se de visita ao Castelo de Leiria, quando deram-lhe a notícia de que se encontrava na Alcáçova de Porto de Mós o rei mouro Gamir, de Mérida, que, como era seu costume, repousava das batalhas naquela região sobre todas preferida pelas belezas naturais.
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D.Fuas pensou que aquela era uma oportunidade única de livrar a Península de mais alguns mouros, já que nessa altura tinha consigo um grupo de guerreiros suficientemente forte e coeso para cair sobre os infiéis.
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Assim, mandou os charameleiros, tocarem a reunir e algum tempo depois tinha reunido no terreiro do Castelo de Leiria todos os cavaleiros que andavam espalhados pela vila. Era um burburinho no terreiro. Os cavalos escoiceavam impacientes, batendo com os cascos na terra seca e solta, obrigando os cavaleiros a prodígios de força e equilíbrio para os segurarem.
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Os cavaleiros, reunidos em torno de D. Fuas Roupinho, acompanhados pelos seus criados, combinavam a táctica de surpreenderem o inimigo. Era um grupo ricamente colorido com os seus briais de cores vivas onde se viam as armas de suas casas, por debaixo dos quais brilhavam as cotas de malha.
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De capacete debaixo do braço e com as espadas e punhais prontas a utilizar, discutiam acaloradamente o melhor caminho a tomar para Porto de Mós de modo a não serem avistados pelas vigias mouras. Por fim, a hoste saiu de Leiria num trote alegre e descuidado, parecendo querer desmentir a sanha guerreira com que viriam a atacar Gamir e a sua gente.
Destes, uns passeavam despreocupadamente pelos campos em redor de Porto de Mós e os outros descansavam na Alcáçova.
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Nem uns nem outros deram pela chegada de D.Fuas e a sua cavalaria, e, apesar de serem muito mais numerosos do que a hoste de D. Fuas, foram derrotados e chacinados, quase sem terem tido oportunidade de se defender.
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Os mouros sobreviventes foram levados como prisioneiros para Coimbra, onde o alcaide-mor os entregou a D. Afonso Henriques, e, como recompensa, o Rei deu a D. Fuas a alcaidaria de Porto de Mós.
Os mouros sobreviventes foram levados como prisioneiros para Coimbra, onde o alcaide-mor os entregou a D. Afonso Henriques, e, como recompensa, o Rei deu a D. Fuas a alcaidaria de Porto de Mós.
1 – D.Fuas Roupinho
Guerreiro do sec.XII, um dos mais valorosos companheiros de D. Afonso Henriques, cujos feitos ainda hoje estão envolvidos em lenda. Conta também a lenda que era irmão natural de D.Afonso Henriques. Não se conhece a data do seu nascimento e julga-se que tenha morrido em 1184 numa batalha naval contra os mouros.
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Em 1179 era alcaide-mor de Coimbra e quando se encontrava eventualmente no castelo de Leiria teve conhecimento que na alcáçova de Porto-de-Mós se encontrava o rei mouro de Mérida Gamin. Saiu com a sua hoste e atacou as forças mouras que foram derrotadas. Depois com o rei mouro cativo, seguiu para Coimbra onde os entregou ao rei D.Afonso Henriques. O rei recompensou-o com a nomeação de alcaide-mor de Porto-de-Mós.
Todavia nesse mesmo ano, provavelmente na Primavera de 1179, quando nada o fazia prever, entrou no estuário do Tejo a frota de Sevilha, num total de nove galés, sob o comando do mouro Ganim Ben Mardanis, que capturou duas galés portuguesas que, estariam de vigia, e assolou os arredores da cidade, regressando a Sevilha com um riquíssimo despojo.
E, possivelmente no Verão de 1179, largou do Tejo a frota portuguesa, sob o comando de D.Fuas Roupinho, em que, possivelmente, iria embarcado o príncipe D.Sancho, a qual, depois de ter saqueado Saltes, nas proximidades de Huelva, subiu o Guadalquivir até Sevilha onde destruiu várias galés muçulmanas e saqueou o arrabalde da cidade, regressando triunfante a Lisboa. Uma retaliação perfeita em relação á acção realizada meses antes pelos Muçulmanos.
Não se conformaram estes com a ousadia dos cristãos e logo no ano seguinte, 1180, ripostaram, enviando de novo a sua frota para a costa portuguesa, ainda sob o comando de Ganim ben Mardanis, ao que parece com ordem de destruir a frota portuguesa e, se possível, capturar D. Fuas Roupinho.
Depois de, mais uma vez, ter saqueado o arrabalde de Lisboa, a frota moura dirige-se para São Martinho do Porto onde desembarca a gente de armas que, por terra, se dirige a Porto de Mós, o lugar de residência de D.Fuas Roupinho. Porém, nas proximidades desta vila, os mouros são derrotados pelas tropas que D.Fuas que conseguira apressadamente reunir, tendo sido porém, nas proximidades desta vila, os mouros são repelidos pelas forças que D.Fuas conseguindo fugir para a costa.
Na sequência deste ataque terá D.Afonso Henriques encarregado D.Fuas Roupinho de reactivar a nossa frota e reorganizar a vigilância costeira e destinada a perseguir as esquadras mouras que assolavam o litoral. O primeiro encontro deu-se junto ao Cabo Espichel, onde D.Fuas infligiu uma pesada derrota aos mouros.
Em 1182 descansava D.Fuas no castelo de Porto-de-Mós, entregando-se a actividade que mais gostava: a caça. Consta que quando perseguia a cavalo um veado, no meio de uma densa neblina, não se apercebeu que o caminho terminava numa penedia junto ao mar, em Nazaré. O cavalo empina-se desesperado e o veado desfaz-se em fumo.
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D. Fuas Roupinho clama por Nossa Senhora da Nazaré e cavalo e cavaleiro salvam-se, ficando as patas traseiras gravadas no rochedo, mais tarde, mandou construir a capela da Nossa Senhora da Nazaré nesse mesmo local que ficou a ser conhecido por Memória, em homenagem ao extraordinário milagre que salvou este herói português.
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