Guerreiro do sec.XII, um dos mais valorosos companheiros de D. Afonso Henriques, cujos feitos ainda hoje estão envolvidos em lenda. Conta também a lenda que era irmão natural de D.Afonso Henriques. Não se conhece a data do seu nascimento e julga-se que tenha morrido em 1184 numa batalha naval contra os mouros.
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Em 1179 era alcaide-mor de Coimbra e quando se encontrava eventualmente no castelo de Leiria teve conhecimento que na alcáçova de Porto-de-Mós se encontrava o rei mouro de Mérida Gamin. Saiu com a sua hoste e atacou as forças mouras que foram derrotadas. Depois com o rei mouro cativo, seguiu para Coimbra onde os entregou ao rei D.Afonso Henriques. O rei recompensou-o com a nomeação de alcaide-mor de Porto-de-Mós.
Todavia nesse mesmo ano, provavelmente na Primavera de 1179, quando nada o fazia prever, entrou no estuário do Tejo a frota de Sevilha, num total de nove galés, sob o comando do mouro Ganim Ben Mardanis, que capturou duas galés portuguesas que, estariam de vigia, e assolou os arredores da cidade, regressando a Sevilha com um riquíssimo despojo.
E, possivelmente no Verão de 1179, largou do Tejo a frota portuguesa, sob o comando de D.Fuas Roupinho, em que, possivelmente, iria embarcado o príncipe D.Sancho, a qual, depois de ter saqueado Saltes, nas proximidades de Huelva, subiu o Guadalquivir até Sevilha onde destruiu várias galés muçulmanas e saqueou o arrabalde da cidade, regressando triunfante a Lisboa. Uma retaliação perfeita em relação á acção realizada meses antes pelos Muçulmanos.
Não se conformaram estes com a ousadia dos cristãos e logo no ano seguinte, 1180, ripostaram, enviando de novo a sua frota para a costa portuguesa, ainda sob o comando de Ganim ben Mardanis, ao que parece com ordem de destruir a frota portuguesa e, se possível, capturar D. Fuas Roupinho.
Depois de, mais uma vez, ter saqueado o arrabalde de Lisboa, a frota moura dirige-se para São Martinho do Porto onde desembarca a gente de armas que, por terra, se dirige a Porto de Mós, o lugar de residência de D.Fuas Roupinho. Porém, nas proximidades desta vila, os mouros são derrotados pelas tropas que D.Fuas que conseguira apressadamente reunir, tendo sido porém, nas proximidades desta vila, os mouros são repelidos pelas forças que D.Fuas conseguindo fugir para a costa.
Na sequência deste ataque terá D.Afonso Henriques encarregado D.Fuas Roupinho de reactivar a nossa frota e reorganizar a vigilância costeira e destinada a perseguir as esquadras mouras que assolavam o litoral. O primeiro encontro deu-se junto ao Cabo Espichel, onde D.Fuas infligiu uma pesada derrota aos mouros.
Em 1182 descansava D.Fuas no castelo de Porto-de-Mós, entregando-se a actividade que mais gostava: a caça. Consta que quando perseguia a cavalo um veado, no meio de uma densa neblina, não se apercebeu que o caminho terminava numa penedia junto ao mar, em Nazaré. O cavalo empina-se desesperado e o veado desfaz-se em fumo.
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D. Fuas Roupinho clama por Nossa Senhora da Nazaré e cavalo e cavaleiro salvam-se, ficando as patas traseiras gravadas no rochedo, mais tarde, mandou construir a capela da Nossa Senhora da Nazaré nesse mesmo local que ficou a ser conhecido por Memória, em homenagem ao extraordinário milagre que salvou este herói português.
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